Segurança, paz e direitos humanos – O caso da Colômbia

Segurança, paz e direitos humanos – O caso da Colômbia
22 de julho de 2016 zweiarts
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“Wilfredo Benitez Peñaloza apresentou uma fala sobre a questão da violência na história passada e atual”

No dia 23 de junho, numa promoção conjunta do SERPAZ e do InS, Wilfredo Benitez Peñaloza apresentou uma fala sobre a questão da violência na história passada e atual da Colômbia, enfatizando a caminhada recente que aponta para cenários de interrupção da violência. Entretanto, como ficou claro na exposição de Wilfredo, o processo de pacificação da sociedade colombiana – como o de qualquer sociedade sujeita a históricos traumáticos de violência – é longo e demanda uma ação coordenada e persistente. Wilfredo, do Projeto Alternativas à Violência, organização internacional, sinalizou para os diversos e constantes esforços realizados no sentido de, junto com a sociedade, promover uma educação para a paz.

O cenário de violência apresentado por Wilfredo encontra similares – em alguns casos com índices mais alarmantes – em toda América Latina e Caribe. A violência está profundamente entranhada nas histórias de nossas sociedades. O próprio encontro entre povos da Europa e os povos originários foi um processo violento. As diversas formas de constituição forçada de nossas sociedades plurais (povos originários, afrodescendentes, europeus em levas sucessivas, imigrantes, etc.) têm se dado sob o manto de uma contínua violência.

As revoltas, as revoluções, as ditaduras, as guerrilhas, as forças paramilitares e paraestatais, os recentes e crescentes índices de criminalidade, o narcotráfico, as lutas dos movimentos sociais, as agressões às mulheres culturamente naturalizadas pelo machismo e patriarcalismo, as violências de gênero de toda a natureza (contra todas as formas de homoafetividade), indicam que nossas sociedades comportam e convivem com um volume insustentável de práticas violentas. Precisamos urgentemente de práticas alternativas. Precisamos urgentemente de uma educação para a paz. Sem a contraparte de uma educação para a paz nossos experimentos democráticos tendem a ser incompletos.

Wilfredo encerrou esta tarde de impactante diálogo com um convite para que as 11 pessoas presentes participassem de uma pequena oficina, parte do amplo programa de alternativas à violência. Os exercícios realizados na oficina foram um pequeno sinal do tipo de busca humana que precisamos empreender para uma reeducação para a paz.

Por: Equipe operacional

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